RESUMO
Neste artigo apresentamos de forma
sucinta uma pequena descrição da evolução da geografia desde uma ciência de
síntese até a geografia autônoma. Buscamos demonstrar essa evolução, para
tanto, utilizamos o corte cronológico destacando as principais escolas do
pensamento geográfico e seus teóricos apresentando as principais correntes dos
pensamentos geográficos - isso não quer dizer que o pensamento tenha se
desenvolvido de forma cronológica, acreditamos que essa forma possa ser mais
didática para o desenvolvimento deste artigo.
Palavras-chave: Evolução, Escolas
do Pensamento, Geografia.
INTRODUÇÃO
Os primeiros
estudiosos que buscaram na observação da superfície do planeta tinham como
finalidade uma ciência que fosse capaz de organizar todo o conhecimento
produzido pelas outras ciências, responsável pela “particionalização” desse
conhecimento, cuja essa ciência seria uma ciência que aglutinasse tudo o que é
produzindo em uma ciência de síntese, ela seria a geografia. Esses
conhecimentos geográficos seriam construídos a partir da observação dos fatos
ocorridos sobre a superfície da terra, uma descrição minuciosa do que era real
e visível sobre essa superfície, segundo MORAES (1999), “[...] a
tradição kantiana coloca a Geografia como uma ciência sintética (que trabalha
com dados de todas as demais ciências), descritiva (que enumera os fenômenos
abarcados) e que visa abranger uma visão de conjunto do planeta.”.
Alexander Von Humboldt (1769 – 1859) foi um dos primeiros a seguir essa linha
de uma geografia descritiva da superfície da Terra, focando na observação das
paisagens, sua obra Cosmos tem como principal referência um
literato,
Em 1870, quando a
disciplina de geografia conquistou sua autonomia com a institucionalização da
ciência geográfica, ela ainda se mantinha cumprindo um papel de uma ciência de
síntese, construindo um arcabouço teórico a partir das relações entre
homem/meio; entendendo-se ai o homem suas relações de produção, social,
culturais e econômicas; e, o meio: a paisagem, a áreas, o territórios e a
região como categorias de analises. O fruto das observações resultantes das
relações entre os “atores” dessa ciência geográfica entre si construiu as bases
epistemológicas que vinham sendo discutidas dentro da evolução do pensamento
geográfico. Abrir-se-ia, então, uma o espaço necessário para o primeiro
questionamento acerta do pra quê serviria a geografia e como ela poderia
influenciar no desenvolvimento da humanidade, um desses geógrafos, Piotr
Kropotkin (1842 – 1921), que apontava para um caminho que
deveria ser seguido – posição minoritária entre os demais, em seu ensaio “O
que a geografia deve ser”, publicado em 1885 numa revista cientifica,
afirma o seguinte:
A Geografia deve cumprir, também, um serviço muito mais importante. Ela
deve nos ensinar, desde nossa mais tenra infância, que todos somos irmãos,
independentemente da nossa nacionalidade. Nestes tempos de guerras, de
ufanismos nacionais, de ódios e rivalidades entre nações, que são habilmente
alimentados por pessoas que perseguem seus próprios e egoísticos interesses,
pessoais ou de classe, a geografia deve ser – na medida em que a escola deve
fazer alguma coisa para contrabalançar as influências hostis – um meio para
anular esses ódios ou estereótipos e construir outros sentimentos mais dignos e
humanos.(Piotr Kropotkin, 1885).
Kropotkin nesse
ensaio faz duras críticas à forma de se estudar a geografia e a utilização do
conhecimento para favorecer os estados e os governos, que já havia dentro das
escolas do pensamento geográfico - as quais vamos apresentar adiante – acerca
da construção e do uso desse conhecimento produzidos por geógrafos que se
colocaram a serviço da classe dominante e de seus estados.
A partir daqui, se
tem muitas teorias elaboradas, que ao passo que elevaria o conhecimento
geográfico formando uma epistemologia da ciência, apesar de falarmos sobre as
teorias hegemônicas nessa evolução, sempre houve geógrafos que questionaram
essas teorias de justificação do estado, principalmente os geógrafos seguidores
de Kropotkin e do teórico do anarquismo[1], Mikhail Bakunin (1814 – 1876).
O SÉCULO XIX
O mundo via a
expansão do Modo de Produção Capitalista[2] com
a primeira Revolução Industrial[3] impulsionados
com a invenção da máquina a vapor e o acelerado desenvolvimento das técnicas. A
Europa era o centro que emanava conhecimento e progresso, mas também o ponto em
que os conflitos entre as nações que precisavam de recursos naturais abundantes
para efetivar esse progresso eram claros.
O desenvolvimento das ciências em geral e da geografia em particular
acelerou-se nos séculos XVIII e XIX, em consequência da expansão do
capitalismo, O capitalismo comercial provocaria, a partir do século XV, grande
expansão das navegações e, como consequência, o desenvolvimento dos novos
continentes e ilhas, fazendo com que se intensificasse o comercio entre os
povos que viviam em condições naturais, e em organizações sociais as mais
diversas. A Europa, que possuía o núcleo de civilização mais dinâmica e tinha
maior controle da tecnologia, estendeu a sua influencia econômica e política
por toda a superfície da Terra [...] (ANDRADE, 2006, p. 71)
O século XIX foi
marcado pelo expansionismo territorial, principalmente de países do continente
europeu sobre os demais continentes e pelas revoluções econômicas, sociais e
ideológicas dentro desse turbilhão de acontecimentos a geografia teve um papel
importante na história, engendrada no processo de formação de postulados
teóricos para o estado e epistemológico para a ciência em si. Foi durante esse
período que governos e nações que buscavam suas expansões territoriais ou
manutenção dos territórios já conquistados que propiciou aos geógrafos as
condições materiais necessários para montar esse arcabouço teórico patrocinado,
em grande parte, por esses interesses, que a primeira vista, não era o
interesse de ter um conhecimento ou a construção de uma ciência forte, mas ter
uma ciência que justificasse o uso da força, da pilhagem e da “supremacia” de
um povo sobre os outros, um objetivo pouco nobre, mas esses governos
encontraram geógrafos dispostos a esse fim que tem seus nomes e suas teorias
marcados na história da humanidade. Voltamos ressaltar que apesar disso,
geógrafos críticos se mantinham na dura batalha de desmascarar os reais
interesses por trás do uso do conhecimento geográfico e seus principais ícones.
ESCOLAS DO PENSAMENTO
GEOGRAFICO
Como vimos, a
geografia vinha construindo seu campo de conhecimento, apesar de não ter um
objeto definido, para que a geografia fosse reconhecida como uma ciência plena.
Mesmo assim ela vinha sendo construída e vista como fundamental. Precisamos
esmiuçar mais sobre como ela serviu aos interesses do Estado-nação[4],
através de suas escolas do pensamento geográfico, que surgiam ou para
justificar as ações de invasão a outros povos ou como freio aos países que
detinham condições militares para a colonização forçada. O objetivo era claro,
caso não houvesse uma teoria que justificasse a invasão, então esses governos buscavam
nas ciências essa “justificativa”. Essa é a principal razão para que essas
nações criassem suas “escolas” (teorias justificadoras).
Para entender melhor
essa “guerra” teórica, precisamos observar que a França, principalmente, e
outros países já haviam avançado no que diz respeito à conquista de novos
territórios pelo mundo a fora. Mas havia nações como a Prússia, que de forma
tardia, concluiu que precisava também colonizar outros povos, já havia travados
várias guerras que resultou e anexação de outros territórios e o aumento, consequentemente,
de sua população, essa posição encontrou na teoria de Friedrich Ratzel (1830 -
1905) um instrumento poderoso de legitimação do recém-criado Estado alemão[5].
Ratzel desenvolveu o conceito de “Espaço Vital”, que seria o pilar teórico do
Estado alemão:
[...] o progresso implicaria a necessidade de aumentar o território,
logo, de conquistar novas áreas. Justificando estas colocações, Ratzel elabora
o conceito de “espaço vital”; este representaria uma proporção de equilíbrio,
entre a população de uma dada sociedade e os recursos disponíveis para suprir
suas necessidades, definindo assim suas potencialidades de progredir e suas
premências territoriais. (MORAES, 1999, p.19)
Essa escola de
pensamento instituída por Ratzel foi conhecida por Escola Alemã -
Determinista, afirmava que por questões climáticas determinados povos
localizados em uma parte do globo terrestre – zona tropical – estariam fadados
ao subdesenvolvimento econômico, social e cultural, portanto seriam inferiores
e sua colonização pelos alemães se justificaria devido sua superioridade além
do que, para manter o povo alemão em seu território, necessitariam conquistar
esses povos subdesenvolvidos par a serem explorados – recursos naturais - e
mantidos sob seu controle.
Mas a Alemanha não se
contentava em apenas buscar territórios em outros continentes, até porque, o
mundo já estava em grande parte colonizado pelas grandes nações com França e
Inglaterra. Embasados nessa teoria do Espaço Vital a Alemanha
passou disputar com a França os territórios até mesmo em seu próprio
continente.
A França com sua
vasta expansão territorial era a principal força que disputava os territórios
com a Alemanha, foi então que o Império Francês além de fazer o embate físico
encontrou uma teoria que ficou conhecida como Escola Francesa -
Possibilista, corrente defendida pelos franceses Lucien Febvre
(1878 – 1956) e Vidal de La Blach (1845-1918),para
confrontar a Determinista da Alemanha. La Blache desenvolveu
o seu conceito de “gênero de vida”:
[...]concebia o homem como hóspede antigo de vários pontos da superfície
terrestre, que em cada lugar se adaptou ao meio que o envolvia, criando,
no relacionamento constante e cumulativo com a natureza, um acervo de técnicas,
hábitos, usos e constumes, que lhe permitiram utilizar os recursos naturais
disponíveis. A este conjunto de técnicas e costumes, construído e passado
socialmente, Vidal denominou “gênero de vida”, o qual exprimiria uma relação
entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída
historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a
diversidade dos gêneros de vida. (MORAES, 1999, p.
23)
Tínhamos então duas
nações – escolas - (Alemanha e França) em conflitos armados, dois teóricos
(Ratzel e La Blache) em intensas críticas teóricas e dois conceitos (“espaço
vital” e “gênero de vida”) que se opunham. A finalidade da teoria de Lá
Blach e que fazer a critica de princípios da teoria ratzeliana. Primeiro que a
teoria tratava abertamente de questões políticas do estado germânico, segundo
MORAES (1999) “Vidal, vestindo uma capa de objetividade, condenou a
vinculação entre o pensamento geográfico e a defesa de interesses políticos
imediatos, brandindo o clássico argumento liberal da “necessária neutralidade
do discurso científico.” a tentativa não despolitizar o debate
ideológico dando uma falsa independência do conhecimento científico e dos
interesses nacionais também era a leitura da própria burguesia francesa que já
tinha sua hegemonia consolidada. A segunda crítica de Vidal em relação à Ratzel
foi pelo fato de que sua teoria colocava o homem, como passivo em relação ao
meio – visão naturalista -, defendendo que o homem também tem um papel ativo
nas transformações do meio, apesar dessa defesa MORAES (1999) aponta uma
afirmação feita por Vidal “diz explicitamente: ‘a Geografia é uma ciência dos
lugares, não dos homens’”. A terceira e mais contundente critica foi em relação
ao determinismo dos povos pela sua condição natural, antropogeografia.
MORAES apresenta a
crítica da seguinte forma:
Uma terceira crítica de Vidal à Antropogeografia, derivada da anterior,
atacou a concepção fatalista e mecanicista da relação entre os homens e a
natureza. Assim, atingiu diretamente a ideia da determinação da História pelas
condições naturais. Vidal vai propor uma postura relativista, no trato dessa
questão, dizendo que tudo o que se refere ao homem “é mediado pela
contingência”. Este posicionamento, aceito por seus seguidores, fez com que a
Geografia francesa abandonasse qualquer intento de generalizar. Jogou-se a criança
com a água do banho, isto é, na crítica ao determinismo naturalista de Ratzel,
a proposta de Vidal negou a própria determinação. (MORAES, 1999, p. 24)
Entre a guerra
teórica dessas duas escolas outros geógrafos como francês Elisée Reclus (1830 - 1905) - militante anarquista que teve uma intensa participação
política, participou ativamente do levante popular da comuna de Paris - também
desenvolvia uma criticava a ambas as teorias que estavam a serviço de seus
Estados, produzindo algumas obras como: “Geografia Universal” e “A
Terra e o homem”, que defendia uma posição libertária para a geografia
- na tentativa de construir um pensamento geográfico unitário para a disciplina
-, posição minoritária entre os geógrafos da época que tinham sua visibilidade muito
relacionada aos estados e governos.
Em 1930 é apresentado
o “Método Regional”, tida como uma escola influente na evolução do pensamento
geográfico, teoria elaborada por Alfred Hettner (1859 – 1945), geógrafo Alemão,
que desenvolveu o conceito de “diferenciação das áreas” apresentado uma
questão importante ao debate geográfico ao definir: “[...] o caráter singular
das diferentes parcelas do espaço adviria da particular forma de inter-relação
dos fenômenos aí existentes. A Geografia seria então o estudo dessas formas de
inter-relação dos elementos, no espaço terrestre” (MORAES, 1999), para dar
respostas às criticas feitas à Ratzel. Este conceito só seria reconhecido após
Richard Hartshorne (1899 – 1992), geógrafo estadunidense, ter se dedicado ao
desenvolvimento e aprimorar as ideias de Hettner, aprofundado seus estudos.
Até aqui as teorias
geográficas se desenvolviam alicerçada no método científico positivista[6],
tendo uma diferenciação desse positivismo dentro do método regional como
destaca Morais:
A Geografia de Ratzel e a de Vidal tiveram sua raiz filosófica no
positivismo de Augusto Comte, a qual foi passada acriticamente para seus
seguidores. A geografia de Hettner e Hartshorne fundamentava-se no neokantismo
de Rickert e Windelband. O fato de ter sido menos empirista não quer dizer que
esta proposta tenha rompido com este traço marcante de toda a Geografia; apenas
ela não se negou também ao uso da dedução. (MORAES, 1999, p. 31)
Essas escolas
marcaram o pensamento da geografia tradicional, baseada numa geografia de
síntese e positivista que era construída em meio aos conflitos por territórios
e políticas expansionistas de superpotências da época, nesse sentido a
geografia como ciência e responsável pelo estudo geográfico e suas variantes
que caiam em dualismos dentro das mais variáveis vertentes: Geografia Física e
Geografia Humana, Geografia Geral e Geografia Regional. Esse dualismo dentro da
geografia tradicional é explicado com um exemplo por MORAES:
Vidal de La Blache, por exemplo, formula uma proposta que resolve o
primeiro e o terceiro dualismo, porém à custa do segundo; sua Geografia é
unitária e sintética, entretanto abre mão da generalização, pela perspectiva
regional. Hartshorne resolve esta última questão, com a ideia do estudo
nomotético e idiográfico, entretanto somente através de uma Geografia tópica. E
assim ocorre, em todas as propostas. Todas estas questões forneceram as razões
formais para a crítica do pensamento geográfico tradicional, e, assim, foram as
condutoras do início do movimento de renovação. (MORAES, 1999, p. 35)
A GEOGRAFIA NUM
MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO
O movimento de Renovação
da Geografia que inicia em após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
põem os geógrafos em discussão acerca da Geografia como ciência, pois até o
memento ainda se mantinha com os status de uma ciência de síntese. Essa
insegurança quanto a sua autonomia – tratado com uma crise da geografia -,
GONÇALVES descreve o que era essa crise em um ensaio intitulado “A Geografia
está em crise. Viva a Geografia!”:
Muita tinta se tem gasto para discutir o que seria uma geografia
científica. Esta busca de cientificidade é, até certo ponto, um esforço de
legitimação do intelectual perante a sociedade como um todo. O ritual que envolve
o trabalho intelectual tem, portanto, um caráter de busca de legitimidade que
dá ao exercício do pensar o real uma dinâmica específica. (GONÇALVES, 1978)
Continua reforçando
que:
Todavia, a produção de conhecimento não se dá fora de um contexto
histórico-social, onde uma série de linhas de forças se entrechocam na
realidade; relações de forças essas das quais o trabalho intelectual tem que
dar conta. Através dessas observações, queremos deixar claro que a ambicionada
cientificidade, que é o modo específico de legitimação do trabalho intelectual,
é relativa na própria medida em que o real é um movimento que se faz através de
contradições que, por sua vez, atravessam a própria prática do intelectual. (GONÇALVES,
1978)
Nesse momento da historia
da humanidade, com uma crise do capitalismo – ou adaptação do mesmo às novas
realidades - em nível global fez cair em descrédito à manutenção de uma
geografia atrelada aos interesses aos quais ela serviu muito bem os governos “[...]se
discutem os impasses gerados pelo próprio projeto da geografia enquanto um
segmento do saber científico capaz de dar conta, compreender e explicar, enfim,
os problemas concretos[...]”(GONÇALVES, 1978). A geografia entre então em
uma nova ebulição epistemológica que a levaria a conquistar seu objeto de
estudo, fazendo com que seja reconhecida e diluísse as inseguranças dentro do
meio científico.
A continuidade dessa
evolução do pensamento passaria pelo surgimento de novas escolas que trariam
debates não mais de justificativa de dominação, mas uma geografia que
discutisse novos paradigmas como os ecológicos e de uma sociedade consolidada
com o modo de produção capitalista e com os países com suas expansões
territoriais estagnadas, essa nova expansão deveria estar baseada na economia e
no poderio econômico-financeiro, para esse fim, contavam com a geografia para
continuar sua construção epistemológica, agora com um viés mais critico e tendo
o espaço como seu objeto de análise.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse esforça de dar uma
visão da evolução do pensamento geográfico inicial, vimos que, há grandes
lacunas para melhor entender e ainda mais, descrever num artigo de uma forma
mais completa, ou que pelo menos, tenha uma abrangência maior ao tentarmos
situar a geografia como uma disciplina e uma ciência da quais todos tenham
gosto no aprofundamento de seu desenvolvimento ao longo da historia. Nesse
sentido, anexamos (ANEXO I) a este artigo um corte cronológico
com os principais pontos apresentados nesse artigo que achamos interessante que
esteja acompanhando para termos uma visão panorâmica do que apontamos durante o
desenvolvimento do mesmo. Nesse sentido, precisamos destaca de entre os “vácuos
cronológicos” e/ou espaço temporal não foi possível, mas existiu, apontar mais
visões que de uma maneira ou de outra contribuíram com suas criticas ou atém
mesmo com suas práticas de um ensinar ou desenvolver teorias geográficas. O
tempo e a historia não parou, e não cessará também as reformulações dessa
ciência que contribuí e pode contribuir ainda mais para a transformação e o
conhecimento da humanidade.
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[1] Teoria libertária baseada na ausência do Estado. De um modo
geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja
livremente aceita, defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias.
[2] Segundo a teoria
de Karl Marx o modo de produção capitalista, corresponde uma estrutura de
classes, na qual a propriedade dos meios de produção determina a posição da
burguesia como classe dominante.
[3] De acordo com a teoria de Karl Marx,
a Primeira Revolução Industrial (1820 – 1840), iniciada na Grã-Bretanha, integrou
o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela
crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial.
[4] Um território delimitado composto por
um governo e uma população de composição étnico-cultural coesa, quase
homogênea, sendo esse governo produto dessa mesma composição. Isto ocorre
quando as delimitações étnicas e políticas coincidem. Nestes casos,
normalmente, há pouca emigração e imigração, poucos membros de minorias
étnicas, e poucos membros da etnia dominante a viver além das fronteiras.
[5] A unificação da Alemanha, política e
administrativamente, em um Estado-nação, realizou-se, oficialmente, no dia 18
de Janeiro de 1871, na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes, em França.
[6] O positivismo defende a ideia de que
o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo
com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi
comprovada através de métodos científicos válidos.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia: Ciência da Sociedade. Recife: Ed Universitária UFPE, 2006.
Kroptikin, Piotr. O que a geografia deve ser. Tradução José W. Vesentini. São Paulo: AGB, 1986. Disponível em: http//w.w.w.geocritica.hpg. com.br/geocritica acessado em: dezembro, 2013.
MORAES, Antonio Carlos Robert. GEOGRAFIA: Pequena História Crítica. São Paulo, 10ª Ed, Hucitec,1999.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. A Geografia está em crise. Viva a Geografia! Comunicação apresentada no 3.° Encontro Nacional de Geógrafos, julho de 1978, originalmente publicada no Boletim Paulista de Geografia 55, novembro de 1978.
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